segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Uma Mulher Entre Parênteses

Sabe aquele tipo de texto que você lê totalmente ao acaso, como que para passar o tempo, só para dizer que leu o jornal inteiro? Então... Lá estava eu, lendo o Donna, do ZH de domingo, quando começo a ler a coluna da Martha Medeiros e me deparo com um texto totalmente feito pra mim!! Já falei disso aqui no blog, sobre coisas que em certos momentos parecem terem sido feitas/escritas pra nós mesmos. Mas preciso transcrever esse texto aqui pra vocês, eis ele:

"Era como ela catalogava as pessoas: através dos sinais de pontuação. Irritava-se com as amigas que terminavam as frases com reticências... Eram mulheres que nunca definiam suas opiniões, que davam a entender que poderiam mudar de ideia dali a dois segundos e que abusavam da melancolia. Por outro lado, tampouco se sentia à vontade com as mulheres em estado constante de exclamação. Extra, extra! Tudo nelas causava impacto! Consideravam-se mais importantes dos que as outras! Ela, não. Ela era mais discreta. A mais discreta de todas.
Também não era do tipo mulher dois pontos: aquela que está sempre prestes a dizer uma verdade inquestionável, que merece destaque. Também não era daquelas perguntadeiras xaropes que não acreditam no que ouvem, não acreditam no que veem e estão sempre querendo conferir se os outros possuem as mesmas dúvidas: será, será, será? Ela possuía suas interrogações, claro, mas não as expunha.
Era uma mulher entre parênteses.
Fazia parte do universo, mas vivia isolada em seus próprios pensamentos e emoções. Era como se ela fosse um sussurro, um segredo. Como uma amante que não pode ser exibida à luz do dia. Às vezes, sentia um certo incômodo com a situação, parecia que estava sendo discriminada, que não deveria interagir com o restante das pessoas por possuir algum vírus contagioso. Outras vezes, avaliava sua situação com olhos mais românticos e concluía que tudo não passava  de proteção. Ela era tão especial que seria uma temeridade misturar-se com mulheres óbvias e transparentes em excesso. A mulher entre parênteses tinha algo a dizer, mas jamais aos gritos, jamais com ênfase. Ela havia sido adestrada para falar para dentro, apenas consigo mesma.
Tudo muito elegante.
Aos poucos, no entanto, ela passou a perceber que viver entre parênteses começava a sufocá-la. Ela mantinha suas verdades (e suas fantasias) numa redoma, e isso a livrava de uma existência vulgar, mas que graça tinha? Resolveu um dia comentar sobre o assunto com o marido, que achou muito estranho ela reinvindicar mais liberdade de expressão. Ora, manter-se entre parênteses era um charmoso confinamento. 'Minha linda, você é uma mulher que guarda a sua alma.'
Um dia ela acordou e descobriu que não queria mais guardar a sua alma. Não queria mais ser um esclarecimento oculto. Ela queria fazer parte da confusão.
'Mas, minha linda...'
E não quis mais, também, aquele homem entre aspas."

sábado, 6 de agosto de 2011



"Sou como um livro. Há quem me interprete pela capa. Há quem me ame apenas por ela. Há quem viaje em mim, há quem viaje comigo. Há quem não me entende, há quem nunca tentou. Há quem sempre quis ler-me, há quem nunca se interessou. Há quem leu e não gostou, há quem leu e se apaixonou. Há quem apenas busca em mim palavras de consolo. Há quem só perceba teoria e objetividade."





segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Momento mimimi

É ótimo morar sozinha, fazer as coisas na hora que você quer (e se quiser fazer), não ter que dar satisfações pra ninguém, poder dormir e acordar a hora que quiser...
But... Tô me sentindo tão sozinha! 
Pobre bixo!!
Chego em casa e fico lá, sentada na cama, olhando pra TV, até eu me flagrar que devo estar paracendo uma louca sentada na beirada da cama com cara de boba. Então decido me deitar (graaande diferença) e fico esperando Two and a Half Man começar... 
Tô louca que comece as minhas aulas porque aí acabo me distraindo com os livros e vou ter que me obrigar a dormir cedo pra ir pra aula no outro dia.
Na real vou sentir é muita preguiça de acordar cedo, preguiçosa do jeito que eu ando, mas... 
Todo mundo reclama de morar com os pais, mas é muito bom chegar em casa e ter alguém preocupado te esperando, dizendo que tem comida no microondas e é só esquentar. Ou então quando você insiste em apertar o botão "soneca" do celular quando este está berrando histericamente pra te acordar, e aí sua mãe sabe que você vai perder a hora e sempre bate na porta pra te acordar, aí sim você toma vergonha na cara e acorda, porque sabe que a essa altura já deve estar quase atrasado.
Tudo tem seus prós e contras né, se soubéssemos medi-los a vida seria bem melhor, mas nunca estamos satisfeitos; morar com alguém incomoda, morar sozinha incomoda, porque às vezes nem eu me aguento.
Vou comprar um gato pra mim...
Aí sim, vou parecer aquelas solteironas, que só tem seus gatos pra conversar! A louca! Hahahaha
Mas de toda forma é bom quando você tá hiper, mega estressado e não tá nem um pouco afim de conversar com ninguém e chega em casa e só encontra o silêncio. Ahh o silêncio em dias de stress e TPM é impagável.
É até bom estar sozinha quando eu fico irritada, afinal de contas não quero ser obrigada a matar ninguém.
o.O
Hahahahahaah
Bjooos!