terça-feira, 27 de dezembro de 2011



(...) Aprendi o perigo de concentrar-se apenas no que não está ali. E se no fim da vida eu compreendesse que passara cada dia esperando um homem que nunca viria? Que dor insuportável seria entender que eu realmente nunca saboreara as coisas que tinha comido, nem enxergara direito os lugares aonda havia estado, porque só pensava nele, enquanto minha vida estava passando. Mas se afastasse dele meus pensamentos, o que me sobraria de vida? Seria como uma bailarina que treina desde a infância um espetáculo que jamais apresentaria.

(Memórias de uma Gueixa)


Essa vida viu. Pode ser boa que é uma coisa. Já chorei muito, já doeu muito esse coração. Mas agora tô, ó, tá vendo? De pedra. Nem pena do mundo eu consigo mais sentir. Minha pureza era linda, mas ninguém entendia ela, ninguém acolhia ela. Todo mundo só abusava dela. Agora ninguém mais abusa da minha alma pelo simples fato de que eu não tenho mais alma nenhuma. Já era. É isso que chamam de ser esperto? Nossa, então eu sou uma ninja. Bate aqui no meu peito. Sentiu o barulho de granito?


segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Aí está você!

E então minha inspiração voltou...
Descobri que ela volta sempre que eu tô sofrendo!
E acho que não sou a única escritora que sofre desse mal!
Porque quando tudo está bem, quando o mundo está cor-de-rosa você tenta, tenta, tenta e não sai nada que preste da sua cabeça. Mas basta uma decepção, um coração partido e pronto! Parece que começam a brotar mil idéias e mil textos melodramáticos da minha cabeça!
E aí meu blog fica cheio de mimimi ! 
Hoje mesmo escrevi um texto, e quando terminei ele, parei pra ler e pensei: "Não, eu não escrevi isso..."
De tão bonito (e triste) que ficou. Mas não postei aqui porque achei ele meio forte e se pessoas erradas lêssem aquele texto na hora iriam pensar: "Háá, eu sabia que ela tava apaixonada/envolvida com ele."
De qualquer forma, quem precisava ler, leu. Não porque eu quisesse que lêsse, porque insistiram pra ler. E além do mais, num passado bem recente (e às vezes parece à uma eternidade) essa pessoa era fã #1 do Pequeno Mundo Paralelo (tirando o outro fã psicopata!)
O caso é que graças a tudo isso, aqui estou eu. Fazendo o que mais amo fazer, escrever! 
Talvez também eu consiga terminar de escrever meu livro que há décadas tá empacado no mesmo lugar. 
Talvez também eu consiga terminar meu TCC que nem ao menos comecei a fazer.
Talvez agora que eu descobri que contos de fadas não existem eu consiga raciocinar melhor!

domingo, 25 de dezembro de 2011

Então peguei meu celular, assim, meio ocupada, óculos e tal e mordendo o lábio inferior um pouco ressecado e, sem dó, deletei seu número de celular. Deletei as mensagens de texto também. E deletei seu nome e as fotos e a música e tudo.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011


Eu sei, eu sei, o eterno clichê “isso passa”. Passa sim e, quando passar, algo muito mais triste vai acontecer: eu não vou mais te amar.
É triste saber que um dia vou ver você passar e não sentir cada milímetro do meu corpo arder e enjoar. É triste saber que um dia vou ouvir sua voz ou olhar seu rosto e o resto do mundo não vai desaparecer. O fim do amor é ainda mais triste do que o nosso fim.
Meu amor está cansado, surrado, ele quer me deixar para renascer depois, lindo e puro, em outro canto, mas eu não quero outro canto, eu quero insistir no nosso canto.
Eu me agarro à beiradinha do meu amor, eu imploro pra que ele fique, ainda que doa mais do que cabe em mim, eu imploro pra que pelo menos esse amor que eu sinto por você não me deixe, pelo menos ele, ainda que insuportável, não desista.


Eu tenho um milhão de motivos pra fugir de pensar em você, mas em todos esses lugares você vai comigo. Você segura na minha mão na hora de atravessar a rua, você me olha triste quando eu olho para o celular pela milésima vez, você sente orgulho de mim quando eu solto uma gargalhada e você vira o rosto se algum homem vem falar comigo. Você prefere não ver, mas eu vejo você o tempo todo.




Uma mulher não perdoa uma única coisa no homem: que ele não ame com coragem. 
Pode ter os maiores defeitos, atrasar-se para os compromissos, jogar futebol no sábado com os amigos, soltar gargalhada de hiena, pentear-se com franjinha, ter pêlos nas costas e no pescoço, usar palito de dente, trocar os talheres de um momento para outro. Qualquer coisa é admitida, menos que não ame com coragem...

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Hoje eu acordei numa casa diferente, num quarto diferente, sem nenhuma muleta, sem nenhuma maquiagem, meus amigos estão ocupados, meus pais não podem sofrer por mim. Hoje eu acordei sem nada no estômago, sem nada no coração, sem ter para onde correr, sem colo, sem peito, sem ter onde encostar, sem ter quem culpar. Hoje eu acordei sem ter quem amar, mas aí eu olhei no espelho e vi, pela primeira vez na vida, a única pessoa que pode realmente me fazer feliz.

Às vezes, é mais fácil dizer que você está bem do que tentar explicar todas as razões pelas quais você não está.

domingo, 18 de dezembro de 2011


Levanta dessa cama garota. Anda! Sei que tá doendo, mas levanta. Coloca uma roupa. Passa a maquiagem. Arruma esse cabelo. Ajeita a armadura. Segura o coração. Sai por aquela porta. Enfrenta o vento. Sorri pro Sol. Segura o coração. Olha pra ele. Passa reto. Não caia. Não caia. Engole o choro. Fingi de morta quando ele falar com você. Seja fria. Continue andando. Enfrente seus problemas de cara. Reaja. Vai. Tá pensando que é só você que sofre? Tá enganada. Anda menina! Para de ser infantil. A culpa não é de ninguém... Se apaixonou agora segura. Anda. Seja forte. Seja feliz. Seja uma mulher.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Sim, te perdôo!

Olha só... quanto tempo eu não escrevia algo de minha autoria nesse blog!
Sei lá, ultimamente venho achando mais produtivo postar textos bonitos do que as coisas malucas que se passam na minha cabeça.
Mas hoje eu queria protestar! Contra mim mesma!
Contra a minha falta de coragem e à minha alta consideração por algumas pessoas que simplesmente não merecem consideração nenhuma.
Tipo quando eu aceitei ir numa festa que eu não tava afim de ir, mas um amigo insistiu muito e até me empolguei depois, só que não pude ir porque fiquei plantada que nem uma árvore de Natal, toda arrumada esperando uma carona inexistente vir me buscar. Pior foi saber depois que meu querido amigo foi na festa. Sozinho. Porque pra ele tinha carona.
Acontece que esse amigo já se declarou pra mim, e eu poderia muito bem ter sido uma insensível, ter dado um fora, ou simplesmente ter sido curta e grossa: não rola. Mas eu não queria magoar seus sentimentos, falei pra ele cheia de dedos que a amizade dele é muito mais importante, que entre nós só rola amizade mesmo e que eu sentia muito, mas que por hora eu só via ele como meu melhor amigo. 
Por que eu tenho consideração com as pessoas. Eu me importo com o sentimento alheio. Mas o bonito nem pensou nisso quando foi pra me deixar lá, esperando... esperando... até eu saber que não tinha carona pra mim.

Ou então quando me falam algum desaforo e eu até penso numa resposta perfeita a ser dada, mas simplesmente me calo. Porque eu sou uma cagona que engole um monte de sapo pra "evitar confusão".
Ou ainda, quando umas e outras que do nada decidem parar de falar comigo, passam por mim sem nem ao menos dar um oi, falam horrores de mim pelas minhas costas, e tão repentinamente quanto param de falar comigo, voltam a falar porque querem algum favor, e eu ainda dou trela. Converso, sou educada, respondo, até digo que sim, meu Deus, que sim eu faço o favor que estão me pedindo. 
Alôôôôu, era pra eu ser uma estúpida, ou simplesmente tratar as criaturas com a mesma indiferença que me tratam, dizer não pra qualquer coisa que me peçam. 
Eu não sei se sou educada demais, civilizada demais, preocupada demais com os outros, ou uma trouxa, boca-aberta, bobinha que não sabe abrir a boca pra dizer uma grosseria. 
O pior é que parece que as coisas estão acumulando... acumulando...
Eu não queria estar na pele de quem quer que seja quando a coisa toda explodir.
E quem garante que não vá apenas continuar acumulando... acumulando?

Vou voltar a postar os textos bonitinhos de sempre, eu prometo!




sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

"Não se concentre tanto nas minhas variações de humor, apenas insista em mim. Se eu calar, me encha de palavras, me faça querer dizer outra vez e outra vez sobre você, sobre nós e todo esse amor. Se eu chorar não me faça muitas perguntas, não precisa nem secar minhas lágrimas. Só me diz que você continuará comigo pra tudo, que tenho teu colo e teu carinho. E ainda que te doa me ver assim, me envolva nos teus braços e diga que eu posso chorar, mas que você não sairá dali enquanto eu não sorrir. Por que é isso que nos importa, não é? O sorriso um do outro."

domingo, 4 de dezembro de 2011


"Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz. Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz. Às quatro horas, então, estarei inquieto e agitado: descobrirei o preço da felicidade! Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração..."



"Se tivesse acreditado na minha brincadeira de dizer verdades teria ouvido verdades que teimo em dizer brincando, falei muitas vezes como um palhaço mas jamais duvidei da sinceridade da platéia que sorria."

sábado, 3 de dezembro de 2011


Eu não sabia, Senhor, que o mundo era tão vasto e doloroso. E que, desejando a vastidão do mundo, meu coração conheceria também a vastidão da dor. Por que, Senhor meu, permitiste que eu tentasse fugir da minha pequenez? Por que me deste todos esses sonhos muito maiores do que eu?