quarta-feira, 27 de abril de 2011

Crise básica

Ficar triste é uma merda.
Ficar triste por nenhum motivo aparente é uma merda maior ainda.
Fica triste, por nenhum motivo aparente, e ninguém estar nem aí pra você nesse momento, ou porque acham que é frescura ou porque simplesmente não têm mais saco pra aturar essas crises existencias, é uma coisa realmente frustrante!!
Eu pretendia escrever um post colocando toda essa tristeza pra fora, cheguei a escrevê-lo e até que ficou bom, mas resolvi apagar tudo porque ninguém é obrigado a ler as bobagens que as vezes saem da minha cabeça.
Então só fica aqui registrado que eu tô triste.
Todo mundo fica triste, mas nem por isso saem por ai escrevendo coisas imbecis pros outros lerem e ficarem com pena. 
As vezes chorar passa. As vezes só piora ainda mais as coisas.
Escrever costuma me ajudar a me sentir melhor, então... aqui estou eu.
Mas vou parar por aqui, antes que aquele post que eu apaguei comece a reaparecer na minha cabeça e minhas mãos comecem a digitar quase que automaticamente.
Fui.

Olhos de cigana oblíqua e dissimulada!

Tava lembrando do primeiro livro que eu li: Dom Casmurro. 
E eu tinha só 12 anos. Ganhei de aniversário do meu pai esse livro e lembro também que todo mundo me dizia que não era livro pra criança ler. Não porque continha alguma coisa imprópria para menores, mais pelo fato de ser super difícil de se entender e tal.
Mas eu sempre tive essa pinta de intelectual, então não me interessavam livros infantis com mais gravuras do que palavras. Queria ler o tal Dom Casmurro, mesmo sem entender bulhufas no final.
Depois que eu tava maior resolvi ler de novo pra ver se dessa vez entendia, mas ficou alguma coisa no ar... Tipo: que livro doido...
Fui pegar a moral da história mesmo quando passou na Globo a microssérie Capitu, que foi inspirada no livro. E se eu já gostava da história, assistindo à microssérie fiquei apaixonada. Ainda mais que colocaram uma trilha sonora que se encaixava direitinho na trama.
E diga-se de passagem, não tinha melhor atriz pra interpretar Capitu do que Letícia Persilles, porque parece que ela nasceu pra ser a Capitu de Machado de Assis!!
Então aí vai um trechinho da microssérie que eu adoro!




Detalhe pra música que toca quando eles se beijam: Elephant Gun, do Beirut. Adoro essa música!
Quem ainda não assistiu à microssérie, vale a pena, tem todos os episódios na internet, é só procurar que são poucos.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Romantismo Mórbido

Então, eu não queria ser, mas sou romântica ao extremo.
Do tipo que acredita em príncipe encantando, e casamentos eternos, e amores perfeitos e mimimi.
Mesmo sabendo que nada disso aí existe de fato, porque nada é perfeito sempre, senão seria um saco.
Mas olha, já sofri um bocado por esperar reações de pessoas que são totalmente desligadas desse tipo de coisa. E aí eu admito que a culpa é minha, em esperar uma coisa de uma pessoa que não liga a mínima pra romantismo.
Agora pouco tava lembrando que desde criança eu sou assim. Desde que descobri que meninos serviam pra gente amar e escrever bilhetinhos apaixonados e relatar em nossos diários o quanto gostávamos do jeito que ele mexia o cabelo na aula de matemática (ok, fiquei meio nostálgica). Mas enfim... Acho que isso começou lá pela 4ª série, onde eu achava que tinha descoberto o amor da minha vida, e foi aí que aconteceu a minha primeira decepção amorosa, porque ele gostava da loirinha perfeita de olhos verdes que sentava atrás dele. 
Gente, cheguei até a inventar um namoradinho de mentira, pra provar pras minhas amiguinhas que eu não tava nem aí pro tal fulano que não me dava bola (quando no fundo eu chorava minhas primeiras lágrimas de amor). Inventei tão fixamente, que uma hora eu cheguei a pensar que o Marcelo (era o nome do meu namorado imaginário) existia. Ele até me deu um anel. Ou eu me dei um anel - aqueles que vinham de brinde em pacotes de pipoca. Bom, o fato é que uma hora meio que começaram a desconfiar que ele não existia, porque realmente era fantasia demais um garoto de 10 anos pedir alguém em namoro, falar com meus pais e me dar um anel, mesmo que de plástico e que caía do meu dedo fino. Aí inventei que o Marcelo tinha se mudado de cidade. Acho até que cheguei a sofrer com a partida dele.
Mas então... Cresci e a única coisa que mudou foi que não invento mais amores perfeitos, porque nem na imaginação eles existem. 
Só é um saco mesmo esperar situações românticas, jantares, presentes surpresas, ou um simples bombom representando o quão eu sou importante e o fato de ter se lembrado de mim quando viu aquele sapato lindo de R$ 500,00 e resolveu comprá-lo (tá, to brincando!!)
Romantismo é uma merda. Eu queria ser bem desligada, como uma amiga minha, que não tá nem aí se o cara ligou pra ela; ela mesma nem queria que ele ligasse. Mas eu sou assim. Já estou calejada de decepções. O problema é nunca se acostumar com elas. Cada uma parece a primeira. Dói como se fosse a primeira, demora a cicatrizar como se fosse a primeira. Aí passa, respiro fundo, juro de pé junto que nunca mais vou ser trouxa e me decepciono de novo. É um ciclo.
Porque só uma pessoa romântica diz que nunca mais vai amar.

quarta-feira, 20 de abril de 2011



Soneto do Amor Maduro

Tu não terás do meu amor senão a calma
Sem os arroubos e os rompantes juvenis.
E não esperes que eu invada tua alma
Pois meu querer se faz de formas mais sutis

Tu não verás no meu amor açodo e pressa
Antes o lento desdobrar de uma paixão
Que não explode no vazio de uma promessa
Mas pouco a pouco há de inundar teu coração.

Não há de ser o meu amor chama inconstante
Ou labareda que se ergue desvairada
E que em cinzas se transforma num instante.

Mas será sempre enquanto vida me for dada
A flama firme que jamais se faz distante
E espanta o frio da solidão indesejada.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Irritadinha!

Porque será que tem dias que a gente acorda odiando tudo?
Hoje foi um dia desses pra mim, nem minha cachorra escapou do meu mau humor insuportável.
Na verdade, acho que acordei assim porque não durmi direito, mas sejamos sinceros, isso não é motivo pra odiar o mundo e a humanidade. Mas enfim, hoje sobrou patada pra todo mundo.
O pior é que é meio inevitável esse negócio de sair por aí distribuindo patadas num dia em que você está de mal humor. Qualquer "bom dia" é digno de uma resposta do tipo: "bom dia porquê hein?"
E parece que nesses dias, as pessoas tem a péssima mania de serem gentis com você num nível que te irrita cada vez mais! Ou pior ainda quando começam a te perguntar o porquê de você estar com aquela cara de séria. Porra! Nem eu sei!! Só me deixa quieta!!
Eu tenho pena das pessoas que falam comigo nesses dias. Sério, eu peço desculpas a quem eu tenha sido grosseira. É que nesses dias realmente eu queria acordar e não sair da cama.
Mas já passou. E esses dias de mal humor não são uma coisa frequente. Raramente eu sou assim. Quem me conhece sabe que eu sou um doce de pessoa!!
É só me deixar quietinha, no meu canto, com o meu humor de cão.
Faz bem pra saúde.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Isso foi feito pra mim?

Já percebeu como às vezes uma música, um filme, uma história, um poema, qualquer coisa desse tipo, dependendo do momento da sua vida, parece que foi escrito/feito/composto/musicado pra você?
Seriam apenas coincidências ou o seu psicológico tentando achar qualquer semelhança com o momento vivido? Ou o destino mesmo te pregando uma peça.
Não sei, só sei que comigo acontece o tempo todo!!
Sempre tem uma música que se encaixa perfeitamente, um filme que me faz lembrar da minha história em todo e cada detalhe, um livro que parece que eu mesma escrevi, já até mencionei que no livro Comer Rezar Amar a autora que por vezes se auto descreve, ou conta coisas que ela já viveu, parece eu falando de mim.
Até já fiz um post sobre o tal horóscopo lá que parece que, de todas as cancerianas do mundo, serviu apenas pra mim. 
E aí você pensa: "Caramba! Que coisa estranha!" 
Acho mesmo que a explicação mais plausível é a de que realmente é seu subconsciente relacionando o que você lê/escuta com o que você está vivenciando. Porque de alguma forma você se foca naquilo, ou passa bom tempo só pensando naquilo, e aí então você acha que o mundo está girando ao seu redor, e compositores de música, autores de livro, escritores estão querendo a todo pano narrar sua história através da arte deles.
Na real também acontece que se você está triste, e começa a ouvir músicas tristes, você vai relacionar o seu sofrimento com o da música. Se está apaixonado, e lê um poema, por exemplo, que fala de como o amor é cor-de-rosa e lindo e maravilhoso e mimimi você vai relacionar o seu sentimento com a mensagem que o poema tenta passar. Se está com ódio, com dor de corno, e escuta lá um sertanejo mela cueca, vai na hora associar a merda que aconteceu com você com a merda que aconteceu com o cantor, e nesse caso é meio que uma espécie de solidariedade que acontece entre você e o outro corno, do tipo, "eu entendo o que você está passando."
Enfim, se está feliz, e procura ouvir ou ler coisas felizes, vai associar uma coisa à outra e o mesmo acontece quando está triste, quando está apaixonado, quando sua vida tá uma droga ou quando tudo está perfeitamente bem.
Nesses últimos dias, eu vivenciei tudo isso aí que eu escrevi. Então teve música que combinou, teve poema, teve horóscopo, teve livro, teve comunidade do orkut...
E outras coisas vão acontecer, em outros momentos, e sempre vai ter alguma coisa que vai parecer que foi feita pra mim.
E é assim com todo mundo.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Fantástico Mundo de Bobby

Eu ando no mundo da lua.
Toda hora tô viajando em alguma coisa, com o pensamento looonge, looonge... E só acordo quando alguém estala os dedos na minha frente, ou vem com algum comentário do tipo: "Tá pensando se casa ou compra uma bicicleta?"
O pior é quando você tá super afim de ficar ali, naquele mundinho só seu, fazendo uma visita em si mesmo, e SEMPRE chega alguém, te cutuca e pergunta: "Tá pensando no quê?"
Se fosse pra todo mundo saber eu não pensava, falava!!
Se bem que ia ser muito hilário eu sair por aí falando o que tá se passando aqui dentro dessa minha cabeça maluca! Dou risada só de imaginar a cara das pessoas se soubessem o que eu tô pensando!
O problema é quando eu não consigo controlar isso. E aí eu já tô ficando louca, porque às vezes nem sei mais o que é realidade e o que é imaginação minha, se aquela lembrança que passou realmente aconteceu ou foi mais uma criação da minha cabeça.
Ou pior ainda quando não tem absolutamente nada se passando na minha cabeça. Tem uns e outros aí que dizem que mulher não consegue ficar sem pensar em nada. Mas se realmente fosse verdade eu não teria feito o maior esforço pra tentar escrever alguma coisa que preste aqui no blog, que diga-se de passagem, andava meio às moscas, porque simplesmente não me vinha nada na cabeça. Ela tava simplesmente vazia, se não de pensamentos, mas de idéias.
Mas acho que aos pouquinhos eu vou descendo de volta pra Terra, aterrizando no mundo real, e parando de pensar que a vida é um morango.

Na próxima eu aprendo

Frágil é o silêncio, uma palavra apenas pode quebrá-lo. Mas como eu sou extremamente estabanada e não sei controlar o que eu penso e sempre acabo achando que as pessoas vão ouvir e vão levar de boa, acabo trocando os pés pelas mãos e mais uma vez soltei um comentário inútel, seguido de um: "Ops! Pensei alto demais."
E mais uma vez perdi a chance de ficar quieta.