quarta-feira, 25 de janeiro de 2012



Ele pode estar olhando tuas fotos neste exato momento; passou-se muito tempo, detalhes se perderam. E daí? Pode ser que ele faça as mesmas coisas que você fazia escondida, sem deixar rastros nem pistas. Talvez ele passa a mão na barba mal feita e sinta saudade do quanto você gostava disso. Ou percorra trajetos que eram teus, na tentativa de não deixar que você se disperse das lembranças. As boas. Por escolha ou fatalidade, pouco importa, ele pode pensar em você. Todos os dias. E ainda assim, preferir o silêncio. Ele pode reler teus bilhetes, procurar o teu cheiro em outros cheiros. Ele pode ouvir as tuas músicas, procurar a tua voz em outras vozes. Quem nos faz falta, acerta o coração como um vento súbito que entra pela janela aberta. Não há escape. Talvez ele perceba que você faz falta e diferença, de alguma forma, numa noite fria. Você não sabe. Ele pode ser o cara com quem passará aquele tão sonhado verão em Paris. Talvez ele volte; Ou não.




Que você me guarde na memória, mais do que nas fotos. (…) E que, até o último dia da sua vida, você espalhe delicadamente a nossa história, para poucos ouvintes, como se ela tivesse sido a mais bela história de amor da sua vida. E que uma parte de você acredite que ela foi, de fato, a mais bela história de amor da sua vida. 






quinta-feira, 19 de janeiro de 2012


Mesmo com tristeza, o que é perfeitamente normal, sinto-me bem porque sei que fiz o que pude, falei o que pensei, mudei quando foi preciso (e,olha, minhas mudanças foram ótimas e serão permanentes) e fui sincera sempre, em todos os momentos, em cada conversa, em cada mensagem.


Apaixonada pela vida!

Andam por aí dizendo que me apaixono fácil, que uso "eu te amo" como se usasse um "bom dia".
Que banalizo sentimentos.
Quem diria... Logo eu, que perdi as contas de quantas vezes meus sentimentos foram banalizados, destratados e mal ganhavam o devido valor.
Pois vou dizer uma coisa. Eu sou apaixonada pela vida! Sou adepta à expressão que muitos dizem, mas poucos fazem: "curta cada momento como se fosse o último!"
Não fico esperando a felicidade bater na minha porta, eu bato na porta dela.
Estou cansada de sofrer, chorar, me lamentar e achar que o mundo vai acabar junto com algum relacionamento que não deu certo.
Amo amar! Tudo. As pessoas, as coisas, as situações. 
Digo eu te amo sim! Pra tudo aquilo que me faz bem. Pra qualquer pessoa que signifique alguma coisa boa pra mim. Pra alguém que, sem fazer perguntas, segurou minha mão e disse: vem cá, eu vou consertar teu coração.
Eu te amo não possui um único significado. Existem tantas formas de amor, meu Deus! Posso dizer que até meus inimigos eu amo, pois são eles que me ensinam que nem todas as pessoas são boas como eu.
Eu não banalizo o amor, eu vivo ele. Com todas as minhas forças. Me dôo, me esforço, me dedico, me dobro em duas pra arrancar aquele sorriso de canto que me conquistou.
Agora, não me venham dizer que, de um dia pro outro, me apaixonei. 
Quisera eu que isso funcionasse como um interruptor, com ON e OFF.
Se soubessem o quanto meu coração já sangrou, o quanto ainda sangra e o quanto ele é forte por suportar as lembranças que minha memória teima em não esquecer, não falariam tanta besteira a meu respeito. 
Se Deus me deu esse coração mole e espantosamente forte ao mesmo tempo, não vai ser qualquer pessoa que vai me apontar o dedo e dizer: "como você ama e deixa de amar fácil." Porque amar sim, é fácil. Difícil mesmo é deixar de amar. 
Eu sou intensa. Eu sou romântica. Eu sou apaixonada. Mas boba eu não sou. 
Fui abençoada com um coração meiguíssimo e em contrapartida com um pavio bem curto, exatamente igual a um vidro: se me jogar no chão, eu quebro, mas se me pisar, eu corto.


;)

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012



Eu quase consegui abraçar alguém semana passada. Por um milésimo de segundo eu fechei os olhos e senti meu peito esvaziado de você. Foi realmente quase. Acho que estou andando pra frente. Ontem ri tanto no jantar, tanto que quase fui feliz de novo. Ouvi uma história muito engraçada sobre uma diretora de criação maluca que fez os funcionários irem trabalhar de pijama. Mas aí lembrei, no meio da minha gargalhada, como eu queria contar essa história para você. E fiquei triste de novo. Hoje uma pessoa disse que está apaixonada por mim. Quem diria? Alguém gosta de mim. E o mais louco de tudo nem é isso. O mais louco de tudo é que eu também acho que gosto dele. Quase consigo me animar com essa história, mas me animar ou gostar de alguém me lembra você. E fico triste novamente. Eu achei que quando passasse o tempo, eu achei que quando eu finalmente te visse tão livre, tão forte e tão indiferente, eu achei que quando eu sentisse o fim, eu achei que passaria. Não passa nunca, mas quase passa todos os dias. Chorar deixou de ser uma necessidade e virou apenas uma iminência. Sofrer deixou de ser algo maior do que eu e passou a ser um pontinho ali, no mesmo lugar, incomodando a cada segundo, me lembrando o tempo todo que aquele pontinho é um resto, um quase não pontinho. Você, que já foi tudo e mais um pouco, é agora um quase. Um quase que não me deixa ser inteira em nada, plena em nada, tranqüila em nada, feliz em nada. Todos os dias eu quase te ligo, eu quase consigo ser leve e te dizer: “Ei, não quer conhecer minha casa nova?” Eu quase consigo te tratar como nada. Mas aí quase desisto de tudo, quase ignoro tudo, quase consigo, sem nenhuma ansiedade, terminar o dia tendo a certeza de que é só mais um dia com um restinho de quase e que um restinho de quase, uma hora, se Deus quiser, vira nada. Mas não vira nada nunca. Eu quase consegui te amar exatamente como você era, quase. E é justamente por eu nunca ter sido inteira pra você que meu fim de amor também não consegue ser inteiro…

Eu quase não te amo mais, eu quase não te odeio, eu quase não odeio aquela foto com aquelas garotas, eu quase não morro com a sua presença, eu quase não escrevo esse texto. O problema é que todo o resto de mim que sobra, tirando o que quase sou, não sei quem é.


sexta-feira, 13 de janeiro de 2012




Eu nunca aceitei a simplicidade do sentimento. Eu sempre quis entender de onde vinha tanta loucura, tanta emoção. Eu nunca respeitei sua banalidade, nunca entendi como pude ser tão escrava de uma vida que não me dizia nada, não me aquietava em nada, não me preenchia, não me planejava, não me findava. Nós éramos sem começo, sem meio, sem fim, sem solução, sem motivo.
Não sinto saudades do seu amor, ele nunca existiu, nem sei que cara ele teria, nem sei que cheiro ele teria. Não existiu morte para o que nunca nasceu....
Sinto falta da perdição involuntária que era congelar na sua presença tão insignificante. Era a vida se mostrando mais poderosa do que eu e minhas listas de certo e errado. Era a natureza me provando ser mais óbvia do que todas as minhas crenças. Eu não mandava no que sentia por você, eu não aceitava, não queria e, ainda assim, era inundada diariamente por uma vida trezentas vezes maior que a minha. Eu te amava por causa da vida e não por minha causa. E isso era lindo. Você era lindo.
Simplesmente isso. Você, a pessoa que eu ainda vejo passando no corredor e me levando embora, responsável por todas as minhas manhãs sem esperança, noites sem aconchego, tardes sem beleza....
Sinto falta de quando a imensa distância ainda me deixava te ver do outro lado da rua, passando apressado com seus ombros perfeitos. Sinto falta de lembrar que você me via tanto, que preferia fazer que não via nada. Sinta falta da sua tristeza, disfarçada em arrogância, em não dar conta, em não ter nem amor, nem vida, nem saco, nem músculos, nem medo, nem alma suficientes para me reter.

Prometi não tentar entender e apenas sentir, sentir mais uma vez, sentir apenas a falta de lamber suas coxas, a pele lisa, o joelho, a nuca, o umbigo, a virilha, as sujeiras. Sinto falta do mistério que era amar a última pessoa do mundo que eu amaria.